EDUCAÇÃO INFANTIL E PROPOSTAS PEDAGÓGICAS - CANTINHO EDUCATIVO
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04/07/2025

EDUCAÇÃO INFANTIL E PROPOSTAS PEDAGÓGICAS

Foto de Ryan Fields na Unsplash


A Educação Infantil surgiu quando as mulheres passaram a ocupar seu espaço no mercado de trabalho. Surgiram então, as instituições infantis, mais popularmente conhecidas como creches, cujo objetivo era atender as famílias trabalhadoras de baixa renda. As creches atendiam não somente os filhos das mulheres que trabalhavam nas indústrias, mas também os filhos das empregadas domésticas.


No Brasil, por longos anos, a Educação Infantil, foi vista como assistencialista, cuja função era meramente assistência social e à saúde e de preservação à vida, ou seja, o trabalho era fundamentado na ideia de cuidar, zelando pela higiene, alimentação e integridade física da criança, enquanto estivesse sob os cuidados da instituição. Não era exigida dos profissionais que atuavam nestas entidades uma sólida qualificação teórico-prática, bastava a eles saber cuidar adequadamente das crianças, evitando sujeira, doenças e bagunça.


Hoje, no entanto, sabemos que a Educação Infantil no Brasil avançou muito e as instituições de educação infantil deixaram de ser estabelecimentos meramente assistencialistas, para tornarem-se locais com função pedagógica. 


Essa visão assistencialista da Educação Infantil, era baseada no conceito de que as crianças das classes trabalhadoras tinham deficiências de todos os tipos - nutricionais, culturais, cognitivas, etc., que precisavam ser compensadas pela escola, para que no futuro, essas crianças alcançassem alguma instrução – aprendizagem rudimentar da leitura, da escrita e noções básicas  de matemática (contagem e operações matemáticas simples), e, assim, desempenhar o seu papel na sociedade: o de trabalhador bem nutrido e sem doenças.


Historicamente, houve uma ausência de uma política nacional para a Educação Infantil, uma desvalorização dos profissionais que atuavam neste nível de ensino, não exigindo deles uma sólida formação para a atuação nas instituições infantis, uma inexistência de diretrizes educacionais para essa etapa do desenvolvimento infantil, gerando ao longo do tempo a propagação de inúmeras concepções educativas deixando a Educação Infantil no abandono e na precariedade.


Nos últimos anos, a concepção de Educação Infantil vem mudando e uma crescente discussão sobre a qualificação dos profissionais que atuam na educação infantil ganhou força.


 Hoje em dia, a visão assistencialista da Educação Infantil deu lugar ao enfoque educacional, e graças à nova LDBN (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) 9394/96, definiu-a como a primeira etapa da Educação Básica, trazendo junto mudanças nos termos relacionados ao cuidar, educar, zelar, na definição de creches e pré-escola e no aspecto de atuação destas instituições, que deixaram de ter objetivo assistencial para ter caráter educacional, substituindo os termos creche pré-escola para centros de educação infantil.


É fato inegável que, a definição da nova LDBN da educação infantil ser considerada como a primeira etapa da Educação Básica, foi muito importante porque atribuiu às creches e pré-escolas caráter educativo definitivo, algo que já era uma reivindicação antiga por parte de educadores, autoridades e especialistas em educação. 


O importante é que as escolas de educação infantil tenham uma proposta pedagógica pautada no desenvolvimento da criança, na aprendizagem colaborativa, que favoreça a socialização da criança, o conhecimento do mundo a sua volta para que ela construa a sua identidade e uma imagem positiva de si mesma. Nesse sentido, as escolas devem criar um ambiente de acolhimento que dê segurança e confiança às crianças, relacionando-se com o outro, percebendo-se como ser social e tendo reconhecimento do outro.

 

Por isso, a Educação Infantil pressupõe a existência de uma proposta pedagógica favoreça as situações de aprendizagem e a progressiva autonomia da criança, de maneira que atenda as suas necessidades e que estejam relacionados às experiências de vida delas, valorizando as brincadeiras do dia-a-dia infantil, os jogos, as canções, as histórias, as rodas da conversa e os diversos momentos de diálogos informais que ocorrem dentro e fora sala de aula.


Esta proposta pedagógica também deve dar suporte teórico e pedagógico para educadores, qualificando-os  através de formação continuada, incentivando-os a buscarem constantemente novos materiais e ideias para enriquecer seu trabalho em sala, para que proponham atividades que desenvolvam as potencialidades da criança, tornando a sala de aula  um ambiente acolhedor, aconchegante e prazeroso,  onde a criança possa se desenvolver plenamente,  possa brincar, aprender e estreitar laços de amizade e estabeleça com seus professores um vínculo afetivo de confiança e segurança para elas possam expressar emoções, sentimentos, desejos e necessidades, promovendo assim,  o seu crescimento, a sua autonomia e o seu desenvolvimento saudável. 


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

RAU, Maria Cristina Trois Dorneles. Educação infantil práticas pedagógicas de ensino e aprendizagem. Curitiba, PR, Intersaberes, 2012.


RIBEIRO, Bruna. Abordagens participativas na educação infantil. São Paulo, Editora Passarinho, 2023, 1ª edição


VIEIRA, Lívia Fraga; BAPTISTA, Mônica Correia. Educação infantil. são Paulo. Contexto, 2023, 1ª edição.


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